E qual a razão pra isso estar acontecendo?
A verdade é que, desde a última vinda ao Brasil, em 2014, o eterno beatle não vem trazido pela empresa de sempre, a PlanMusic, dirigida por Luiz Oscar Niemeyer, e sim por uma empresa de venda de ingressos chamada Time 4 Fun (ou T4F, como é divulgada na publicidade). Claro que qualquer produtor ou empresa visa lucro, mas na época da PlanMusic, o empreendimento era erguido por um legítimo fã (no caso, o próprio Niemeyer), apoiado por uma equipe de pessoas sintonizadas com o público. Já a empresa atual é, essencialmente, uma negociante, mercenária, egoísta e negligente. Não distribui cartazes, outdoors ou anúncios em publicações, limitando-se apenas ao básico do básico, que é a publicidade no site oficial e redes sociais; não agrada os fã-clubes, sites dedicados aos Beatles e nem mesmo a imprensa musical, paparicando apenas a chamada "grande imprensa".
Enquanto a empresa anterior mantinha uma equipe especial só para cobrir a movimentação entre os fãs em torno do show (alimentando o site PaulinBrazil), essa não faz nada, nada, nada que facilite a informação. Até mesmo o interesse deles, que é a venda de ingressos, não é acompanhada de informação precisa, deixando os fãs com dezenas de dúvidas, expressas em milhares de posts nas principais redes sociais. No passado, fãs tradicionais como por exemplo, a pernambucana Claudia Tapety, foram visitadas pela equipe de produção, que a entrevistaram e filmaram sua casa, que é um verdadeiro templo de culto aos Beatles. Hoje, se você não pesquisar muito, não encontra sequer fotos e peças promocionais, pois oficialmente a empresa Time 4 Fun não oferece nada!
Em resumo, são uns bons FDP. Mas dependemos desse tipo de empresa carniceira para ver mais uma vez Paul McCartney no Brasil. E vida que segue.