Demitido dos Beatles pouco antes do estrondoso sucesso mundial, o baterista Randolph Pete Best até o suicídio tentou. Primeiro a assumir as baquetas no quarteto de Liverpool, entre 1960 e 1962, o ex-beatle, hoje aos 67 anos, passou a capitalizar seu destino histórico. Usualmente requisitado para falar daqueles tempos, o baterista também montou sua própria banda, a Pete Best Band, e dá canjas com o grupo argentino The Beats, considerado o melhor cover dos Beatles no mundo. A dobradinha se apresenta pela primeira vez na cidade neste sábado, no Vivo Rio.
Os hermanos não só tocam e cantam igual aos originais como também se assemelham fisicamente a John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. “É uma experiência impressionante tocar com eles”, garante Best, que viveu bem de perto a intimidade dos Beatles. No show, o baterista de carteirinha número 001 toca um punhado de músicas da época em que integrava o conjunto, como ‘My Bonnie’ e ‘Rock and Roll Music’. “Naquele período a gente arrebentava! Foi lá que foram definidas as pedras fundamentais de tudo o que os Beatles continuaram fazendo depois”, decreta.
Substituído por Ringo Starr, que alguns chamam de ‘o pior baterista do mundo’, Best não faz coro ao que poderia passar por um recalque de sua parte. “Já ouvi coisas piores do Ringo, mas também já escutei grandes elogios, cada um tem a sua opinião”, esquiva-se, com elegância britânica.Elogios mesmo, Pete Best faz a outros bateristas, como Gene Krupa, Buddy Rich, Kenney Jones e Ginger Baker, que aponta como os melhores.
Best diz que gosta muito da música brasileira e latina em geral. “Comecei a me interessar pela bateria ouvindo esses gêneros”, conta. Outra paixão do músico é o futebol. E aí novamente o Brasil entra em campo: “Gosto do esporte, acompanho, sou torcedor do Everton (clube de futebol inglês, de Liverpool) e, claro, admiro o futebol brasileiro”.
Fonte: O Dia